O BOM HUMOR INTELIGENTE DA FAMÍLIA

segunda-feira, 31 de março de 2008

PROBLEMAS E SOLUÇÕES

A CAIXA PRETA


Comunicação e relacionamento do casal, educação dos filhos, relacionamento sexual, são assuntos muito importantes dentro de um matrimônio. Porem a “caixa preta” de uma família é a administração do dinheiro.
Esta administração começa desde a “paquera” passa pelo namoro, pelo noivado, cerimônia de casamento, lua de mel e os anos que o casal estiverem juntos. Ela termina com a morte ou a separação dos cônjuges, aliás, continua mesmo depois destas tragédias. Em geral, a semelhança de um avião, a caixa preta só é aberta, em caso de acidente, tudo se destrói, somente ela é indestrutível e inviolável! Só é aberta depois da catástrofe para se descobrir à causa.
Construir um lar sobre a rocha, é obedecer aos princípios bíblicos no tratamento com o dinheiro e a administração dos bens materiais. Devemos abrir a caixa preta mês a mês e coloca-la sob a luz das escrituras e submete-la a um orçamento familiar cristão!
Qual o papel do dinheiro num matrimônio? O que fazer quando ele estiver faltando ou sobrando? O dinheiro, ou o amor a ele, é a raiz de todos os males?
Planejar o orçamento da família é falta de fé? Podemos desejar ganhar muito mais? O dinheiro é benção ou maldição? Estas são perguntas importantes para serem respondidas por cada um de nós.
Queremos construir nossa casa sobre a rocha, não queremos ter prejuízo nem ruínas no futuro. Quando vierem os ventos e tempestades, nossa casa estará firme e segura, protegida por nosso Deus.
Jasiel e Ivone Botelho

terça-feira, 18 de março de 2008

INFERNO CONJUGAL

INFERNO CONJUGAL


Uma conhecida música brasileira expressa muito bem a idéia do casamento perfeito, através de um recado da noiva para sua mãe:

“Lua-de-mel
Mamãe... mamãe... estou em lua-de-mel
Estou morando num pedaço do céu
Como o diabo gosta...

A maioria dos casamentos começa com a expectativa de completa felicidade e realização a partir do encontro com o outro. Este é o tempo de se viver o “céu”. A saudade, a falta, o cuidado. É como a música relata: morar num pedaço do céu. É a completa felicidade que até parece que não vai acabar.

O casamento é sempre idealizado. Ninguém se casa para se tornar infeliz. Pelo contrário, aqueles que se casam buscam mesmo a completa felicidade. Alguns conseguem realização no casamento e passam longos anos da vida em profunda felicidade e prazer ao lado da pessoa escolhida, e são estes que vão apresentar o casamento como a melhor maneira de encontrar o paraíso e sair da solidão. Outros, porém, não têm a mesma sorte. O casamento se transforma no pior investimento de suas vidas, e passam a proclamar em alto e bom som que ele não passa de uma instituição falida.

O trecho da música que encabeça este artigo apresenta uma dinâmica interessante no relacionamento humano, quando a cantora entoa “estou morando num pedaço do céu, como o diabo gosta”. A frase “como o diabo gosta” significa “relação muito prazerosa”. Mas, o que é preciso salientar é que na mesma música e na mesma frase, estão juntas as idéias de céu e de inferno. E é assim na realidade dos relacionamentos. O que realmente acontece é que o casamento pode passar do “céu” para o “inferno”, rapidamente.

Não há nada mais infernal do que conviver com uma pessoa que você não tolera. Especialmente se esta pessoa for seu cônjuge! Há momentos que se prefere ver o diabo a vê-lo. Prefere-se a solidão à sua companhia. É quando seja acha preferível dormir e não assistir ao programa predileto de TV, que correr o risco de vê-lo chegar e precisar trocar algumas palavras, ainda que sobre assuntos muito superficiais. Se você já alcançou este estágio, sinto informar, você não está no casamento, você está no inferno.

Jean Paul Sartre, em sua famosa peça teatral intitulada “Entre Quatro Paredes”, consegue expressar de modo muito claro esta realidade quando os personagens afirmam: o meu inferno é o outro. Um jogo de relacionamentos provoca uma série de desentendimentos e incompatibilidades que inviabiliza o contato humano entre as personagens da peça.

Muitas vezes é isso que ocorre nos relacionamentos conjugais. A vida oferece situações que tanto pode fortalecer as relações, como pode estremecê-las. Mas o que faz um casamento chegar à situação infernal a que nos referimos??? E como sair dessa situação???

Pode-se afirmar que o que fez um casamento chegar a este ponto foi uma série de situações inacabadas que fazem parte da vida do casal. Sabe aquele sentimento que você preferiu “engolir a seco”, mas que ainda lhe perturba? Sabe aquela situação que você pensou no momento em que ela ocorreu: “isso não vai ficar assim...ainda dou o troco”??? Lembra-se daquele dia que você preferiu concordar, mas por dentro ficou se roendo??? Pois é, estes são exemplos de situações que ficaram abertas, que não se fecharam, que ocorreram tanto com você como com o seu cônjuge, e que perturbam seu relacionamento, sem que você e nem ele percebam.

É possível inclusive que você até não tenha respostas para as situações acima, até nem se lembre delas, já que elas já saíram do seu campo de percepção. Mas aquelas situações ainda lhe perturbam e causam insatisfação pessoal, rancor, ódio, ressentimento, infelicidade, sentimentos de inferioridade e outras emoções que desorganizam. É preciso sair do inferno. E, a priori, todo relacionamento humano pode voltar a ser saudável, basta que se queira.

Na verdade, quando o relacionamento está muito deteriorado, não é tarefa fácil recuperá-lo. Na vida é sempre mais fácil construir algo novo que ter que reformar algo que não está bem. Mas se você quiser reconstruir seu relacionamento, você pode. Basta querer e aceitar o desafio! Há muitas maneiras de começar, mas abaixo deixo uma dica de caminho por onde começar a reparação:

· RESTABELEÇA A COMUNHÃO: Já que estamos falando em céu e inferno, podemos usar o termo “comunhão”. Comunhão não é palavra usada somente na religião. O casamento inclui a comunhão no sentido mais amplo da palavra. Estabelecer comunhão com seu cônjuge significa a voltar a considerar a ligação afetiva que você ainda tem com ele, mas que agora está adormecida ( ou estremecida). Coloque-o novamente no centro das suas emoções. Pense mais nele, programe-se para estar mais junto dele (ainda que de maneira discreta no começo para que ele não estranhe, né?). Procure senti-lo e se aproximar de tal modo que ele perceba sua aproximação. A separação emocional fez com que vocês não saibam mais o que o outro está sentindo. No começo não era assim, lembra-se? Perderam a sintonia, a comunhão. Comunhão significa também comer juntos. Só comemos juntos, à mesa, com pessoas que nos agradam. Pessoas que nos desagradam nos causam indigestão. Mas comer junto com alguém significa se preocupar em servir outro, em pensar na divisão do alimento, na comunhão.

Para ilustrar, deixo um conto antigo que bem pode ser aplicado ao casamento. Um jovem perguntou ao seu mestre: “Mestre, qual a diferença entre céu e inferno?” O mestre respondeu: “O inferno é um lugar onde as pessoas são constantemente torturadas. Elas passam fome diante de uma mesa muito grande, com toda a sorte de alimentos, os mais saborosos. Elas são obrigadas a seguir a uma regra: só é permitido comer com colher. Porém, a elas foi entregue uma colher cujo cabo mede um metro e meio. Conclusão: elas morrem de fome por não conseguirem colocar a colher na boca, já que o cabo é muito longo”. Então o jovem perguntou: “Sim, este é o inferno, mas e o céu?”. E o ouviu a sábia resposta do mestre: “O céu? O céu é um lugar parecido com este que eu ilustrei. Mesa farta e colheres com cabo longo medindo um metro e meio. Só que no céu ninguém passa fome: não há egoísmo, há comunhão, e uns alimentam os outros”.

Recomendo a leitura do livro “As quatro estações do casamento”, de Gary Chapman, Editora Vida Nova. Nele você vai encontrar sugestões muito importantes para transformar seu relacionamento e voltar a experimentar o tão almejado “céu”.

Esny Cerene Soares – Psicólogo Clínico

ORANDO EM FAMÍLIA

ORAÇÃO EM FAMILIA

Jasiel e Ivone Botelho

Depois da reunião de oração em família, papai começou a falar sobre a volta de Cristo e nos contou sobre o arrebatamento, ficamos tão impressionados que meu irmão perguntou: - Mas papai, e nossa casa, os moveis, tudo isso vai ficar para quem? Papai serenamente respondeu: - Bem tudo isto pode ficar com a Severina! ( Severina era o moça que trabalhava em nossa casa já a alguns anos pela qual orávamos pôr sua conversão ) Ela arregalou os olhos assustada e respondeu imediatamente: - Eu não! Eu não quero nada disto, eu não quero ficar!
- Depois de algum tempo ela nos compartilhou que se converteu naquela reunião.
A oração em família sempre foi algo difícil de se manter mas é uma das coisas mais importantes para o lar. “ A família que ora unida, permanece unida” A oração ajuda a construir um lar sólido sobre a rocha. “ Se o Senhor não edificar a casa em vão trabalha os que a edificam.” Nós, pais, somos sacerdotes do nosso lar e exercitamos o discipulado com nossos filhos através da oração. As maiores feridas da alma são abertas em famílias, lembro-me que a mesa durante as refeições era o lugar de muitas brigas entre as crianças, um dia muito bravo virei para meu adolescente e declarei: - Se vocês continuarem brigando assim eu me retiro da mesa! Ele prontamente me respondeu: Então tchaw pai! Apesar de todos nós cairmos na risada eu e Ivone resolvemos orar juntos sobre o assunto e as brigas diminuíram em nossa casa. A oração em família não é somente para Deus ,mas principalmente para nós, é orando que reconhecemos a soberania de Deus no nosso lar, que Ele é o verdadeiro “paizão” que resolve tudo, quantas vezes meu filho me pediu algo que eu não podia dar-lhe e ao invés de dizer-lhe um não, eu lhe oferecia uma alternativa: Filho papai não pode, mas quem sabe se você pedir ao senhor!? E orávamos juntos. Quantas vezes Deus respondeu. Lembro-me do primeiro emprego do André no Banco do Brasil, um verdadeiro milagre através da oração. Outra vez André pediu uma moto e eu não podia comprar, mas oramos ao Senhor e saímos procurando uma moto usada, dias depois um amigo nos ofereceu uma moto novinha que ele tinha acabado de tirar no consorcio, e sem podermos acreditar André nosso filho estava com uma Honda 0Km. Deus respondeu tantas orações da família. Para Raquelzinha nossa filha, seu primeiro trabalho no Objetivo, seu ingresso na USP, sua ida para os Estados Unidos. Tantas coisas impossíveis para nós como família, mas, possíveis para Deus. O Marquinhos estava para viajar para o exterior e não podia-mos lhe comprar as passagens, oramos juntos e somente no último dia marcado, milagrosamente conseguimos uma passagem por um terço do preço normal, isto aconteceu pela manhã e Marcos viajou a noite para Los Angeles de classe executiva, Ele ria o tempo todo e gritava: Milagre! Milagre! Nossa família emocionada despediu-se dele no aeroporto agradecendo a Deus por responder nossas orações.
Quando oramos em família, a resposta vem em família, uma das maiores preocupações nossas era a conversão de nossos filhos, seria muito triste para nós trabalharmos para a conversão de milhares de jovens e nossos filhos serem perdidos, oramos juntos entregando-os a Deus. Tivemos a alegria de ver um por um deles aceitando Jesus como salvador, mudando assim o rumo de suas vidas. Hoje André é missionário, Marcos deseja fazer o seminário, e Raquel tem uma forte vocação missionária. No principio, o culto domestico era difícil porque as crianças não gostavam muito pois eu seguia o modelo antigo e na ora da oração as crianças dormiam, depois eu e Ivone mudamos o método e passou a ser o momento da família que mais as crianças gostavam, cantávamos alegremente, conversávamos sobre Deus e com Deus. Certa vez quando eu explicava sobre o céu, a Raquelzinha, ainda pequena, quase chorando disse que não queria ir para o céu, eu lhe perguntei porque? E ela concluiu: - Para ir para o céu eu tenho que morrer e ser enterrada e eu não quero ser enterrada! Todos nós rimos, mas eu percebi que estava falando uma linguagem de adulto com as crianças. Orar em família é também conversar com Deus na linguagem de nossos filhos!
“Agrada-te do Senhor e Ele satisfará os desejos do teu coração...” Salmos 37;4 Muitas coisas nós como família não tínhamos coragem de pedir a Deus, descobrimos que pelo fato de andar nos caminhos do Senhor e realizar sua obra, Deus graciosamente nos atendia os desejos do coração mesmo sem ler-lhe pedido em oração!
A hora de oração é a hora mais importante da família, quando chega uma visita importante nós afastamos as crianças para não atrapalharem a conversa. Os pais precisam Ter o momento de oração onde as crianças sabem que não podem perturbar por que eles estão falando com alguém importantíssimo.
Finalmente, algo inesquecível foi quando nós, os líderes da missão estávamos orando na nossa sala por um aviamento e uma consagração, nossos filhos entraram e nos disseram: - nós também queremos essa bênção! - e colocamos eles no meio da roda e oramos por todos eles. Deus nos visitou profundamente naquela tarde.
Não há tempo melhor do que aquele que passamos juntos com a nossa família em oração e comunhão com Deus, Não há nada melhor que abrir o coração para Deus e conversar com Ele em família.