O BOM HUMOR INTELIGENTE DA FAMÍLIA

sábado, 15 de maio de 2010

Amor e humor na família

...Mas o que seria do amor sem o bom humor? A base da vida cristã consiste e reside nesta alegria de alma, uma alegria que brota da interioridade, e não das circunstâncias. Uma celebração íntima, um regozijo inexplicável no profundo de nosso ser, uma doce, leve e alegre constatação de que vivemos diante da face amorosa de Deus, que nos perdoa, nos aceita, nos recebe em sua presença. E faz de nós, pecadores, seus filhos amados. Amar e ser amado é o glorioso destino do ser humano, e amar e ser amado por Deus e pelo seu semelhante é o ápice da aventura humana, de ser, de existir. É puro contentamento!

A alegria, nos conta Paulo, é fruto do Espírito Santo (Gl 5.22). Ou seja, a presença de Deus na nossa vida gera bom humor e rosto sorridente. Cara amarrada, levar-se muito a sério e mau humor evidenciam a ausência de Deus e a dificuldade e incapacidade de amar. Precisa de cura, de arrependimento e de um batismo de alegria. O humor inclui o lúdico. Os jogos, as brincadeiras e a descoberta da criança que está em nós, abafada por um pai severo e cobrador. Nossos filhos nos ajudam a reencontrar atrás do adulto, responsável e sério, o menino e a menina que sabem brincar. O bom humor nos convida à festa, a comemoração, e nos recorda que o primeiro milagre de Jesus foi fazer mais vinho para que uma festa de casamento não terminasse antes do tempo (Jo 2.1-12). Faz-nos lembrar, ainda, que perdoar é motivo de festa para o nosso Deus. Quando o pródigo volta para casa, o pai convoca toda a aldeia para dançar e comer churrasco (Lc 11.15-32).

A família é o lugar do perdão e da festa. A alegria da mesa, das férias, das saídas-surpresa, das datas festivas, da vida de oração, da vida sexual.

A sexualidade humana se realiza, portanto, de forma plena e prazerosa nesta relação permeada por paixão, fidelidade, compromisso e bom humor. Aí surge o desejo da entrega mútua baseada na confiança e na ternura. E a vida sexual se torna plenitude de alegria e prazer. Dança misteriosa e poética de corpos que se unem, trocam inspiração, respiração e transpiração no jogo prazeroso de sensações agradáveis, o prazer sensorial.

Fomos criados para amar e ser amados, e Deus dá ao homem esta oportunidade e responsabilidade de se deixar conduzir por Ele no aprendizado ao longo da vida. De amar e ser amado – esta é a regra do casamento. Não é célula descartável, econômica, não é célula de proteção (máfia), não é célula reprodutiva. Mas um contexto para a aventura e o aprendizado de amar e ser amado, contexto este que possibilita a realização e a alegria do ser humano, ao nível mais profundo de sua existência.

Por: Osmar Ludovico

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